Queria um amor como aqueles de noticiário. Sabe aqueles em que um casal bem velhinho morre com diferença de horas e que todos dizem como faziam tudo juntos.
Queria um amor assim.
Queria um amor de comercial de margarina. Daqueles em que todos
são felizes sempre desde o momento em que acordam até a hora de dormir.
Mas suspeito que esses amores assim só existem nos
comerciais de margarina. Na vida real mesmo os amores de margarina ficam rançosos
com o tempo. Sabe, eles desgastam, tem prazo de validade.
Os nossos erros e os erros do outro fazem com que isso
aconteça. Talvez não hoje, nem mês que vem, nem ano que vem, nem em 20 anos,
mas um dia ele atinge o seu prazo de validade.
Se sabemos disso, por que não evitamos?
A resposta é simples: certas coisas na vida precisamos viver.
Não dá pra explicar. E se nos explicassem não entenderíamos. É como uma foto de
uma noite com luar ou de um por de sol, podemos tirar e mostrar mas não dá pra
transmitir o que sentimos quando a vimos do lado da pessoa amada.
Vamos ter que cometer nossos erros e tentar consertar por
nós mesmos. A vida é escrita na pedra, não na areia.
Fica a dúvida: qual o prazo de validade dos relacionamentos?
Mas será que importa?
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